sábado, 9 de abril de 2011

No refrão da Canção para o Oceano


O bardo dedilha sua harpa.
Cordas de ouro expandem a música.
Uma canção de ninar para o oceano.
Um poema para acalmar o espírito melancólico.

Em cada nota de sua música milenar.
De minhas poesias posso lembrar.
O sorriso que outrora tive.
uma memória agora húmida e triste.

No refrão da canção para o oceano.
Eu entrego a tempestade da minha alma.
No movimento pendular das ondas prateadas.
Eu deixo a melodia velar meu pranto.

No refrão da canção para o oceano
Os meus versos embalam meu sono.
Uma fuga do triste outono.
Uma busca à primavera 
inalcançável.

O bardo que toca a harpa dourada.
Talvez em meio as eras futuras e passadas
Seja um fantasma de minhas lúgubres lágrimas.
A expressão da ausência de minha fada.

E sua música doce a minha desolação.
O grande oceano o indomável coração.
A caixinha de segredos e mentiras.
do pequeno garoto coroado com estrelas sem vida

No refrão da canção para o oceano.
Repousa um mistério milenar.
Uma poesia silenciosa.
Uma paixão à deriva.

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