De dentro do carro, não se percebeu o que havia acontecido, só atinamos para o trânsito depois da brusca freada, do estridente barulho da buzina, e do sonoro "Poooorra!" emitido pelo condutor do automóvel, meu pai. Júlia, minha irmã, olhou assustada. Passou-se. Algumas semanas depois, uma situação semelhante: buzina e freada agressivas. Júlia percebeu algo incompleto - quase um vácuo sonoro. Esperou reações, elas não vieram. Então, encheu o pulmão de ar e soltou: "Poooorra!". Olhamos impressionados e rimos contidamente para não dar a entender que aquilo era certo. A mãe censura suavemente, quase satisfeita: Júlia, minha filha, isso está errado. Tá certo, mamãe, desculpa.
(Também da série Te mostro quando souber ler)
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Rosano
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